O governo brasileiro anunciou na ter?a-feira a aprova??o de um novo Plano Clima, instrumento estratégico que define o rumo para o cumprimento dos compromissos do país no ambito do Acordo de Paris, após mais de dois anos de coordena??o intersetorial e 17 anos desde o lan?amento da primeira vers?o do plano, em 2008.
O documento, validado pelos ministérios que comp?em o Comitê Interministerial de Mudan?as do Clima, principal órg?o de governan?a climática do país, estabelece as diretrizes para a implementa??o da Contribui??o Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) do Brasil, por meio da qual o país se comprometeu a reduzir suas emiss?es líquidas de gases de efeito estufa entre 59% e 67% até 2035, em compara??o com os níveis de 2005.
A ministra do Meio Ambiente e Mudan?a do Clima, Marina Silva, afirmou que o novo Plano Clima reflete as características específicas do país e busca coordenar os esfor?os entre o governo federal, os estados e municípios, o setor privado, a sociedade civil e a academia. Segundo a ministra, o objetivo é promover um desenvolvimento sustentável inclusivo e resiliente, capaz de integrar o Brasil de forma competitiva à nova economia de baixo carbono.
O plano consolida os objetivos da Contribui??o Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil e define metas de redu??o de emiss?es para oito setores estratégicos: agricultura e pecuária; mudan?as no uso da terra em áreas públicas e territórios coletivos; mudan?as no uso da terra em áreas rurais privadas; energia; indústria; transportes; cidades; e resíduos sólidos e esgoto doméstico.
Segundo o documento, o Brasil pretende reduzir suas emiss?es de gases de efeito estufa de 2,04 bilh?es de toneladas de dióxido de carbono equivalente em 2022 para 1,2 bilh?o de toneladas em 2030. Até 2035, a meta é atingir uma faixa de 850 milh?es de toneladas a 1,05 bilh?o de toneladas, representando uma redu??o entre 49% e 58% em compara??o com 2022. O objetivo geral do Plano Clima é orientar e catalisar a??es coordenadas para a transi??o para uma economia com emiss?es líquidas zero até 2050, promovendo a adapta??o dos sistemas humanos e naturais, sob os princípios do desenvolvimento sustentável e da justi?a climática.