O porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores, Guo Jiakun, disse em uma coletiva de imprensa regular na ter?a-feira que, como um país com histórico de agress?o, o Jap?o n?o tem o direito de comentar as despesas de defesa da China.

Guo fez a declara??o em resposta às observa??es do ministro da Defesa do Jap?o, Shinjiro Koizumi, sobre os gastos militares da China.

"A parte japonesa fez acusa??es infundadas e falsas contra o desenvolvimento legítimo da defesa da China. Esse ato foi extremamente vergonhoso", disse Guo.

Observando que a China tem o melhor histórico entre os principais países no que diz respeito à paz e à seguran?a, Guo afirmou que o aumento dos gastos de defesa da China é legítimo e legal. Segundo ele, isso é necessário para que a China responda a desafios de seguran?a, proteja interesses nacionais legítimos e cumpra melhor suas responsabilidades e obriga??es internacionais como um grande país.

A parte japonesa, com um histórico ruim de agress?o, n?o está em posi??o de fazer comentários t?o irresponsáveis, disse Guo.

Devido ao terrível e imensurável histórico de agress?o, as iniciativas do Jap?o nas áreas militar e de seguran?a têm sido acompanhadas de perto por seus vizinhos asiáticos e pela comunidade internacional, afirmou o porta-voz. No ano fiscal de 2025, as despesas de defesa per capita do Jap?o e as despesas de defesa por pessoal de defesa foram, respectivamente, três vezes e mais de duas vezes as da China, disse ele.

Guo destacou que, nos últimos anos, o Jap?o vem reestruturando suas políticas de seguran?a e defesa e aumentando seu or?amento de defesa por 13 anos consecutivos, com um salto de cerca de 60% nos últimos cinco anos. O Jap?o também flexibilizou as restri??es ao exercício do direito de autodefesa coletiva, desenvolveu a chamada "capacidade de atacar bases inimigas", revisou os princípios sobre exporta??es de armas, fortaleceu a coopera??o em dissuas?o estendida e tentou revisar seus três princípios n?o nucleares.

O Jap?o afirma defender o princípio exclusivamente defensivo e a estratégia de defesa passiva, mas, na realidade, viola claramente as obriga??es como país derrotado estabelecidas na Declara??o do Cairo e na Proclama??o de Potsdam, e vai contra os compromissos assumidos em sua Constitui??o, disse Guo.

"Quem está expandindo o acúmulo militar? Quem está tentando interferir nos assuntos internos de outros países pela for?a e desafiando seus interesses centrais? Quem está amea?ando a paz e a estabilidade regionais? Os fatos s?o cristalinos para que todos possam ver", disse Guo.

As tentativas do Jap?o de remilitarizar-se em um ritmo mais acelerado voltar?o a levantar questionamentos sobre para onde o Jap?o está caminhando, disse Guo, observando que todos os países amantes da paz devem permanecer em alerta máximo, frustrar firmemente qualquer movimento perigoso que possa reavivar o militarismo japonês e, conjuntamente, defender os resultados arduamente conquistados da vitória na Segunda Guerra Mundial.